Estamos nos aproximando do fim de nossa série sobre as áreas de atuação de um desenvolvedor web, aqui no Webmaster.pt [4], mas ainda temos bastante coisas para abordar e conhecimentos para compartilhar. Em uma retrospectiva dos artigos da série publicados até então, temos o seguinte:
- Desenvolvimento front-end e back-end [5]. A diferença entre back-end e front-end e quais suposições de quem trabalha em ambas as vertentes, com alguns exemplos.
- Arquitetura da Informação [6]. O que é Arquitetura da Informação, exemplos e o que se espera do profissional da área, o Arquiteto da Informação.
- Usabilidade [7]. Considerações e conceitos sobre usabilidade e as principais atividades que faz aquele que trabalha nesta área do desenvolvimento web.
- Web Design [8]. Conceito de web design, a atuação de um web designer e algumas dicas conclusivas sobre o profissional do ramo.
- SEO [9]. O que é Search Engine Optimization, a diferença entre Black Hat e White Hat, algumas características de um bom profissional e indicações de por onde começar.
Agora, conforme consta desde o primeiro artigo da série, Áreas De Atuação [10], veremos mais informações sobre bancos de dados.
O que é um “Banco de Dados”
Qual o lugar em que você guarda seu dinheiro? Se você não é dos mais antigos e se vale de um colchão, a resposta para essa pergunta seria: no banco! No banco é que o dinheiro das pessoas fica guardado, operações com ele são feitas, algumas pessoas retiram seu dinheiro, outras depositam mais, etc, e todo o dinheiro e aplicações são muito bem organizados, sendo os gerentes detentores do conhecimento de qual quantia pertence a qual cliente.
Entendendo isso, também é possível entender sobre os bancos de dados, também conhecidos como bases de dados. Fazendo uma analogia, troque o dinheiro usado no exemplo para dados, quer dizer, em um banco de dados, estes dados ficam armazenados, operações (manipulações) com eles são feitas, informações entram e saem segundo requisições feitas e todos esses dados devem ser bem organizados, sendo os administradores de bancos de dados responsáveis por sua organização. Simples, certo?
Portanto, qualquer amontoado de dados, feita de forma organizada e sistematizada, podendo seus registros serem consultados, alterados, etc, é considerado um banco de dados. Não confunda que um BD só existe em sistemas na internet e sistemas informáticos, em geral.
Por exemplo, uma Lista Telefônica pode ser considerada como um banco de dados! Afinal, a Lista Telefônica está sistematicamente organizada, podemos fazer consultas através do nome ou endereço de alguém e, quando encontramos o registro, temos informações como nome completo, logradouro e telefone.
Para aclarar ainda mais, vejamos o que tem a nos informar a Wikipédia sobre bancos de dados [11] (agora, já referente a bancos de dados eletrônicos):
Banco de dados (ou base de dados), é um conjunto de registros dispostos em estrutura regular que possibilita a reorganização dos mesmos e produção de informação. Um banco de dados normalmente agrupa registros utilizáveis para um mesmo fim.
Um banco de dados é usualmente mantido e acessado por meio de um software conhecido como Sistema Gerenciador de Banco de Dados [12] (SGBD). Normalmente um SGBD adota um modelo de dados, de forma pura, reduzida ou estendida.
Sistema para Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD)
O Sistema para Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBD) – também conhecido como “Sistema Gerenciador de Bancos de Dados” ou “Sistema de Gestão de Bancos de Dados” – é um sistema que tem como principal objetivo, como sugere o próprio nome, servir como gerenciador de um banco de dados.
Podemos encontrar uma explicação mais detalhada e mais técnica na Wikiédia [13], que mostra:
Um Sistema Gestor de Base de Dados (SGBD) é o conjunto de programas de computador (softwares) responsáveis pelo gerenciamento de uma base de dados. O principal objetivo é retirar da aplicação cliente a responsabilidade de gerenciar o acesso, manipulação e organização dos dados. O SGBD disponibiliza uma interface para que os seus clientes possam incluir, alterar ou consultar dados. Em bancos de dados relacionais a interface é constituída pelas APIs ou drivers do SGBD, que executam comandos na linguagem SQL.
Existem centenas de Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados, mas alguns exemplos de SGBDs mais conhecidos e usados no mundo são:
- Firebird
- MySQL
- Oracle
- PostgreSQL
- SQL-Server
Linguagem SQL
Para se desenvolver e manipular qualquer software, seja online ou não, é preciso ter conhecimento de programação e utilizar alguma linguagem de programação. No caso de operações envolvendo bancos de dados, o caso é parecido, quer dizer, existe uma linguagem específica para a manipulação e operações em BDs: Structured Query Language, ou Linguagem de Consulta Estruturada, mais conhecida como SQL.
É através da SQL que operações básicas e avançadas envolvendo bancos de dados são realizadas. Operações envolvendo dados, como criação, consulta, atualização e deleção (quarteto conhecido como CRUD [14]) e envolvendo a estrutura do banco, propriamente dito, como criação de tabelas, criação de campos, chaves estrangeiras, indexação e outros assuntos que podem ser abordados em artigos futuros.
Modelo Entidade-Relacionamento
Existem diversos tipos de modelos de bancos de dados mas, com toda a certeza, o modelo mais usado no mundo, atualmente, é o entidade-relacionamento. Através deste modelo, é possível demonstrar, de forma abstrata e conceitual, como será a estrutura de um ou mais bancos de dados que comporão os sistemas de informação.
Na verdade, existem regras para a montagem e manuseamento de BDs bastante rígidas, que fogem ao escopo principal deste artigo de fazer uma introdução ao tema – e que, futuramente, podem até ser abordados em artigos específicos sobre o tema. Entretanto, é interessante mostrar como se parece um modelo entidade-relacionamento, também conhecido como Diagrama Entidade-Relacionamento (DER):
Conclusão sobre Bancos de Dados
Absolutamente todos os sites ou sistemas online que sejam desenvolvidos utilizando linguagens de programação a nível de servidor também possuem, em algum grau, necessidade de se conectar e realizar operações com bancos de dados. Conhecer quais operações são essas e como realizá-las da melhor maneira possível, levando em conta as necessidades do projeto e conhecimentos técnicos, é tarefa daquele que pretende trabalhar de maneira satisfatória com bancos de dados!
No próximo artigo, confiram: Marketing Digital!