Web Standards E A Reinvenção Da Web

Definição De Web Standards

Web Standards é um termo utilizado para especificar padrões para páginas de internet. Fundamentada desde os primórdios pela W3C (World Wide Web Consortium), esta instituição foi fundada pelo criador da web Tim Berners-Lee. Estes padrões visam facilitar a disseminação de conteúdo na rede através de documentos HTML semântico, ou seja, interpretáveis, que utilizem boas técnicas e práticas de arquitetura, navegabilidade e acessibilidade, sempre centrado no propósito da web acessível a todos.

Raíz Mal Plantada.

Quase vinte anos se passaram desde que a primeira página foi publicada na web em Agosto de 1991. Somente em 2009 já se reportava mais de 183 milhões de domínios em toda internet. Em número de internautas já estamos próximo dos dois bilhões. Serviços inovadores como blogs, diretórios de vídeos, redes sociais, enfim, um crescimento sem controle de informações e de pessoas envolvidas nesses ambientes. Para os negócios do mundo globalizado a barreira do tempo e espaço geográfico fora eliminado e agora presenciamos ações que buscam massificar grandes marcas.

No começo, eram apenas páginas sem vida. Depois, passamos a emitir opiniões, recomendar páginas, publicar arquivos e tornar tudo que existe na web dinâmico de forma que isso se repercutia em novas tendências. Agora, os sistemas precisam mais do que nunca ser interligados, por isso, serviços que geram novos serviços acabam transformando a máquina num agente integrador na internet. Isso significa que robôs e humanos devam se comunicar para que a roda da web nunca pare de girar.

Historicamente tudo é bonito, mas não se pode deixar de citar o monopólio que as grandes empresas do Vale do Silício enraizaram e que somente agora estamos tratando esse câncer. Navegadores que não seguiam estritamente normas estabelecidas pela W3C e que acabavam por fornecer uma experiência sem igual aos demais usuários. O tema virou até matéria no Discovery Channel intitulada como “A Guerra dos Browsers”.

Figura 1 – Guerra dos navegadores.

Em busca Da Experiência Perfeita.

Páginas intuitivas tornam os usuários mais ágeis e concentrados em realizar suas tarefas. Titular as páginas corretamente, enriquecer formulários com textos indicativos aos campos a serem preenchidos, botões de ações que executam realmente o que condiz aos seus nomes atribuídos, textos alternativos caso as imagens não sejam carregadas, detalhes, mas que para muitos leigos são um diferencial, em especial os que possuem necessidades especiais. Usuários não precisam pensar sobre como fazer, simplesmente devem seguir seu instinto. Web sites não devem ser projetados para determinados navegadores, nem permitir o acesso mediante utilização de plug-ins que irão desviar o foco do visitante. Imagine quantos clientes potenciais e-commerces perdem ao extravasar em animações em Flash. Quantos assinantes, provedores deixam de ganhar por simplesmente uma rotina em Javascript não funcionar como deveria.

Figura 2 – Típico “crash” no navegador Google Chrome.

Uma vez que web sites se tornaram modelos de negócios, através da exponencialidade da qual atinge, grandes investimentos são realizados  em casos de testes para que a experiência do usuário seja analisada  e parametrizada. Tem como meta também tornar disponível estas páginas a um maior número de utilizadores, nos mais diversos dispositivos, em destaque os móveis. Quando bem aplicado esses fatores servem como indicadores para apontar, por exemplo, quanto tempo o usuário permaneceu conectado na página, quais seções navegou e se venho a retornar suas visitas. É moldado então um perfil e estratégias de navegabilidade são arquitetadas com o objetivo de alcançar maior visibilidade deste visitante. Tudo é tratado de forma minuciosa, pois um passo maior do que o pé é suficiente para que esse usuário feche a página e nunca mais retorne. Simplicidade, ainda é uma característica marcante aos visitantes.

Figura 3 – Processo de definição de métricas para um web site.

Estruturas Que Desencadeiam Efeito Cascata.

Projetos que tomam como base padrões para a web, naturalmente conquistam:

  • Produtividade
  • Manutenabilidade
  • Extensibilidade
  • Acessibilidade
  • Redução no tráfego de banda
  • Compatibilidade com novos navegadores

Existem outras vantagens que a utilização de padrões pode proporcionar, como por exemplo, o melhor posicionamento frente aos mecanismos de busca com a utilização correta dos elementos HTML. Isso também implica na equipe de desenvolvimento que agora passará a interpretar códigos e não simplesmente tentar adivinhar porque eles estão ali. E o maior benefício de todos, seu web site resistirá ao tempo da internet.

Estes requisitos são variáveis importantes para levantamento de custo de um projeto. Não basta ter os melhores profissionais se eles continuam a desenvolver páginas arcaicas que futuramente cairão em desuso na internet. Assim como partimos da linguagem procedural para orientação a objetos, é necessário que o conceito de desenvolvimento para web seja revisto. Investir em treinamentos é o primeiro passo.

Figura 4 – Mensuração dos resultados.

Por Onde Começar?

Você não precisa reaprender HTML, CSS e Javascript para começar a aplicar web standards em seus projetos. Deve simplesmente sabê-los escrever corretamente. O portal W3C fornece manuais de referência, artigos, vídeos e tutoriais separados categoricamente em temas, de como colocá-los em prática no dia-a-dia.

Existem ferramentas que auxiliam na correção de códigos, são os populares validadores. Como o próprio nome diz, tem por função verificar uma determinada página e validar os elementos renderizados no navegador. Caso o documento apresente erros, serão apresentadas as incompatibilidades e então as modificações que serão necessárias.

Validador de documentos HTML, XHTML entre outras linguagens de marcação.
http://validator.w3.org

Validador de folhas de estilo CSS e documentos (X)HTML com folhas de estilo.
http://jigsaw.w3.org/css-validator

Validador de links e âncoras em páginas web.
http://validator.w3.org/checklink

Validador de web sites acessíveis através de dispositivos móveis.
http://validator.w3.org/mobile

Outros validadores.
http://www.w3.org/QA/Tools

Referências bibliográficas.

WWW FAQs: What was the first website?
http://www.boutell.com/newfaq/history/firstsite.html

Over 180 Million Internet Domain Names Registered.
http://blogs.verisign.com/web-user-experience/2009/06/over-180-million-internet-doma.php

World Internet Usage Statistics News and World Population Stats.
http://www.internetworldstats.com/stats.htm

Documentário: A Guerra dos Browsers. Discovery Channel.
http://www.domicioneto.com/2009/12/24/a-guerra-dos-browsers-documentario-discovery-channel

WaSP: Lutando por Standards – Mission.
http://www.webstandards.org/about/mission/pt

How to check the usability of your website.
http://karolinakukielka.com/2009/09/02/how-to-check-the-usability-of-your-website

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